O que precisa ter em conta...

Artigos cadeira de rodas para animais de estimação
Animal em pânico, eventualmente ferido, depois do equipamento em que se deslocava se ter partido e sofrido um colapso

O que precisa ter em conta na escolha de um Auxiliar de Locomoção para o seu Animal de Estimação

Quando de repente e de um modo desprevenido, nos vemos confrontados com o infortúnio de vermos o nosso animal de estimação perder, ou ver extremamente limitada de um momento para o outro, a sua capacidade de locomoção, porque fez uma luxação vertebral no seguimento de uma queda ou atropelamento, porque tem displasia da anca ou qualquer outra patologia do foro neurológico, o mundo desaba aos nossos pés! Perguntamos porquê o nosso querido amigo? Porquê nós? Como é que nos foi suceder uma coisa destas?

De imediato envidamos todos os esforços no sentido de lhe tentarmos devolver a mobilidade perdida, quer seja através do recurso à Cirurgia Neurológica ou Ortopédica, a tratamentos específicos de Fisioterapia ou a medicação apropriada. Felizmente e na maioria dos casos, quando tratados atempadamente e graças à perícia dos nossos excelentes Médicos Veterinários e Fisioterapeutas, a taxa de recuperação dos nossos amiguinhos é quase total, devolvendo-lhes de novo a sua mobilidade e a nossa alegria.

Infelizmente, há sempre a excepção que confirma a regra e em determinadas circunstâncias, porque decorreu muito tempo desde a lesão, ou porque esta é na realidade muito grave, torna-se impossível, depois de todos os esforços, conseguir resultados positivos. É nessa altura que nos vemos confrontados, com aquilo que vai ser o resto da nossa vida e a dos nossos amiguinhos, na nossa companhia.

Deparamo-nos de repente com um animal paraplégico, muitas vezes incontinente, que tanto pode pesar 1 kg como 100 Kg e ficamos literalmente desesperados! Como é que fazemos para ele se movimentar? Como é que ele vai fazer as suas necessidades fisiológicas? Como é que vamos lidar com as feridas e escaras que constantemente lhe aparecem quando se arrasta nas suas tentativas de locomoção? Como é que vamos lidar com potenciais infecções urinárias provenientes do seu eventual estado de incontinência?

É então no meio de todas estas dúvidas e aflições, quando teoricamente já nada há a fazer, quando a terrível palavra eutanásia já se atravessou várias vezes no nosso caminho, que de repente, aparece uma luz ao fundo do túnel: - os Auxiliares de Locomoção para animais!

A vida, de repente, ilumina-se de novo! É uma nova esperança para os nossos amiguinhos e para nós! Partimos assim à procura de um destes equipamentos, para podermos devolver ao nosso fiel companheiro, a sua dignidade e alguma qualidade de vida!

É aqui e precisamente nesta altura, que não nos devemos precipitar! Quando de repente vemos o nosso animal, que passou as últimas semanas, ou meses da sua vida a arrastar-se, ficamos de repente totalmente deslumbrados, com a possibilidade de o vermos a locomover-se, seja lá como for, de um modo quase autónomo, colocado em cima de um qualquer dispositivo com rodas, sem se arrastar e sem necessidade da nossa ajuda. É exactamente aqui que devemos manter o bom senso e ter o discernimento para analisar friamente a situação, a bem da segurança, conforto e saúde futuras do nosso amigo. É que, se para nós, o “carrinho” é o mitigar da nossa dôr e a resolução imediata de um problema, não esqueçamos que ele vai ter que viver o resto da vida dele, literalmente sentado em cima do resultado da nossa escolha!

Não só nesta situação, mas também no caso de amputações ou malformações congénitas, quando se escolhe um Auxiliar de Locomoção, é extremamente importante ter em consideração vários factores:


A sua estrutura deverá:


• Ser leve, robusta e resistente a esforços de torção.

De modo a facilitar as deslocações com desenvoltura e no caso de uma queda não ter pontos de quebra na estrutura, que possam gerar situações encarcerantes, pontas aguçadas e/ou parafusos salientes, que possam de algum modo ferir ou traumatizar gravemente o animal.


• Proteger a integridade da Coluna Vertebral, dando simultaneamente um apoio sólido, rígido e estável à zona pélvica.

Dado as lesões de que estamos a falar, indutoras de paraplegia, serem de ordem neurológica, afectando por isso mesmo a coluna vertebral, o equipamento deverá mandatóriamente providenciar uma armadura de protecção a esta zona crítica, protegendo-a de esforços de torção e ao mesmo tempo podendo ser contrabalançado, de modo a retirar se for caso disso, todo o peso da zona da cernelha, com a possibilidade de induzir se necessário e pelo método de alavancagem, esforços negativos, de modo a reduzir a pressão nos membros anteriores, de modo a facilitar a deslocação em caso de debilidade dos mesmos. Nos casos de Displasia da Anca e Artrose é fundamental um apoio rígido postural e anatomicamente correcto da zona pélvica, possibilitando que o animal se mantenha numa posição arejada e direita, evitando oscilações laterais, potencialmente agravantes destas patologias, por norma bastante dolorosas, evitando também escaras de decúbito e feridas nas virilhas ocasionadas pela fricção de determinados tipos de suportes, tipo aros e tubos plásticos ou fundas de neoprene, em que os animais ficam para além de instáveis, literalmente pendurados dos mesmos, de um modo totalmente invasivo. Os apoios também deverão ser anatomicamente correctos de modo a facilitarem as necessidades fisiológicas do animal.


• Proporcionar o máximo conforto ao seu utilizador, se necessário podendo ser adaptada com curvaturas específicas, no caso de este apresentar paralelamente, outro tipo de patologias.

Dado alguns animais apresentarem em simultâneo para além da sua imobilidade, outro tipo de patologias, como por exemplo escolioses e lipomas gordos, sem indicação cirúrgica, terá que estar sempre em aberto a opção do equipamento poder ser moldado e dimensionado, em função das mesmas e não o contrário, tendo sempre como principal objectivo, o máximo conforto do seu utilizador.


Concluindo:

Um monte de ferros e tubos, unidos com parafusos, só porque tem duas rodas agarradas e desliza, se não obedecer a uma construção correcta e robusta, às leis da Física e se não for baseado no respeito pela correcta biomecânica do animal, não só não é um auxiliar de locomoção, como se pode vir a revelar uma autêntica armadilha. É pois extremamente importante, quando fazemos a escolha de um Auxiliar de Locomoção, que irá ter um tão grande impacto na vida futura, que se quer longa, dos nossos amiguinhos, fazer a escolha acertada, para não se correr o risco de, “depois de tanto nadar, acabar por se morrer na praia”!


Não compactuamos em fazer equipamentos "pronto-a-vestir" do S ao XXL. Todos os nossos equipamentos são "taylor-made" especificamente desenhados e construídos para o seu utilizador e para mais nenhum! Porque serem estes os critérios que norteiam a Dog Locomotion, por falarmos com um saber de experiência feito e por ser para nós um
“Deja vu”, é extremamente importante fazermos passar esta mensagem, cientes de que estamos de algum modo a ajudar e a contribuir para elucidar as pessoas, numa altura
tão crítica da sua vida, independentemente das opções tomem, a analisar e a decidir de um modo consciente, sobre a qualidade de vida futura, daqueles que tanto amamos!

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